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Poluição e pobreza, um círculo vicioso

Estudos tentam entender impactos ambientais A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) está financiando U$ 7 milhões em pesquisas para avaliar o efeito cumulativo na saúde de poluentes como mercúrio e chumbo, e fatores sociais como estresse e má nutrição em diversas comunidades de baixa renda. A EPA estuda tipicamente apenas os efeitos para a saúde de substâncias químicas individuais. Mas um crescente corpo de pesquisas sugere que a exposição cumulativa a poluentes múltiplos, e fatores não químicos, como estresse, pobreza e dietas pobres, podem amplificar os efeitos negativos de uma única substância tóxica. Diversos estudos irão também examinar por que algumas etnias e subgrupos parecem mais suscetíveis a ameaças à saúde por fatores ambientais - como a asma. Minorias, populações tribais e de baixa renda são desproporcionalmente expostas à poluição e impactadas por ela, como notam há décadas advogados da justiça ambiental. As bolsas de pesquisa fazem parte de um compromis...

MUDANÇAS NO CLIMA PROVOCAM REAÇÕES ADVERSAS

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Mudanças do clima provocam reações diversas Cada um se adapta como pode Resultados de um estudo da Universidade Baylor, no Texas, mostram que diferentes comportamentos e estratégias levaram algumas famílias a lidar melhor que outras com eventos relacionados ao clima. A pesquisa foi feita pela antropóloga Sara Alexander, que estudou lares diferentes em cidades costeiras de Belize, na América Central, informa o Physorg. A mudança do clima vem sendo um tópico de crescente interesse na comunidade científica mundial, mas existem poucos dados sobre como pessoas respondem a choques ligados ao clima, e eventos como furacões mais intensos e secas mais prolongadas. Alexander e sua equipe identificaram lares vulneráveis na região e desenvolveram ferramentas para mensurar a resiliência de cada casa no longo prazo, uma área pouco pesquisada, e avaliaram comportamentos e estratégias que permitiram que algumas famílias se saíssem melhor que outras de desastres do clima. Os resultados mostram que 62%...

2011: o ano internacional das florestas

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O ano das florestas Foto: Rodrigo Baleia/Greenpeace Virada a página do calendário, entramos no Ano Internacional das Florestas. Assim ficou estabelecido na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU): 2011 é o ano das matas, que chegam a cobrir 31% da área terrestre do planeta. Mais que uma homenagem, o objetivo da ONU é lembrar ao mundo a importância que as florestas têm para a sobrevivência de todo tipo de vida – incluindo nós, humanos. Segundo dados da organização, é debaixo das copas das árvores que vivem 300 milhões de pessoas e 80% da biodiversidade da Terra. Mas os serviços ambientais das florestas vão muito além de suas fronteiras: calcula-se que pelo menos 1,6 bilhão de pessoas dependa diretamente delas para sobreviver. Boa parte desse total está do lado de cá do globo. Afinal, está aqui a maior floresta tropical do planeta. Dos 6,9 milhões de quilômetros quadrados de Amazônia, 4,2 milhões ficam em território brasileiro. E é ali que moram mais de 20 milhões de pess...

Madeira sustentável na Amazônia - Greenpeace Brasil

Madeira sustentável na Amazônia: é real e saiu do papel Há quatro anos, uma lei que garante sistema de concessão pública de florestas para exploração de madeira de baixo impacto na Amazônia tornava-se letra. Há pouco mais de um mês, a letra finalmente saiu do papel. Segundo nos informa o jornal Folha de S. Paulo, a Florestal Nacional do Jamari, em Rondônia, foi a primeira a ter uma árvore abatida pelo novo modelo – pioneiro no Brasil, de concessão, pelo qual madeireiras detém o direito de explorar a área por 40 anos respeitando regras do manejo chamado de baixo impacto – extração mínima e tempo para recuperação e crescimento das árvores. Em troca, as madeireiras pagam royalties de exploração ao governo. Lentidão na justiça e falta de infra-estrutura para colocar em prática o sistema estão entre os fatores que tornaram o início do processo tão lento. Apesar da boa notícia, a história não pareceu de muita relevância para a candidata do governo Dilma Rousseff (PT), que em evento de lançam...

PLANTAS EM EXTINÇÃO...

A biodiversidade aponta o culpado Notícia - 29 set 2010 Pesquisa inglesa conclui que um quinto das espécies de plantas do mundo está ameaçado de extinção. E que o grande responsável é o homem. ©Greenpeace Um estudo de cinco anos conduzido por pesquisadores do Jardim Botânico Real, na Inglaterra, concluiu que mais de um quinto das espécies de plantas do mundo estão hoje sob ameaça de extinção. O anúncio, fruto do mais completo relatório já elaborado sobre o tema, acontece às vésperas do encontro da ONU sobre biodiversidade, em Nagoya, no Japão. Para a pesquisa foram usados os arquivos do Jardim Botânico e do Museu de História Natural de Londres, que juntos reúnem cerca de 13 milhões de espécies, e dados da organização União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). Os resultados apontam a atividade humana – entre elas, agricultura e desmatamentos - como sendo a principal causa de ameaças a mais de 380 mil espécies do mundo, com impressionantes 81%, contra 19% de responsabili...

Seca nossa de cada dia

FONTE: GREEN PEACE BRASIL Notícia - 24 set 2010 Vazante nos rios deixa 21 municípios do Amazonas em situação de emergência. Sem políticas estruturais para a região, comunidades ficam vulneráveis a cada ano. A coleta do Censo do IBGE anda atrasada no Amazonas, e não é só pelas imensas dimensões do estado. Segundo o instituto, a vazante dos rios tem feito os recenseadores se desdobrarem para alcançar alguns pontos da Zona Rural. Com o leito seco em muitos rios e igarapés, é difícil chegar aos domicílios. O Amazonas está em último lugar na contagem de casas que já foram visitadas por todo o Brasil. “Os barcos maiores não estão passando em muitos igarapés. Só dá para ir de canoa. E às vezes, nem isso. Tive que ir a pé para chegar em algumas comunidades”, conta Alcione Lopes, de 34 anos e que está fazendo o recenseamento na zona rural de Manaquiri. Não está sendo fácil, e alguns trajetos que ela faria em 15 minutos de barco têm levado uma hora de pé no chão. “Para atravessar é muito ruim, p...

A AMAZÔNIA

floresta A amazônia sob nova direção Começa a vigorar a concessão de florestas ao setor privado, a maior aposta do governo para conciliar geração de riqueza com conservação. No papel, o modelo é o que há de mais moderno - resta saber se vai funcionar na prática No meio de uma densa área de mata tropical na porção noroeste do estado de Rondônia, um grupo de 40 pessoas aguardou ansiosamente por cerca de três semanas pela chegada de um sinal. No último dia 10, ele finalmente veio. Era o que elas precisavam para, num ritmo frenético, começar a derrubar cerca de 7 000 árvores do bioma amazônico. São ipês, angelins, cedros e cumarus de dezenas ou centenas de anos que virão ao chão sob o barulho ensurdecedor de inclementes motosserras. Diferentemente do que o cenário descrito acima pode sugerir, as pessoas que ceifarão essas árvores não são vilões do meio ambiente, como pecuaristas que desmatam para ganhar mais área para seus rebanhos, grileiros ou madeireiros ilegais. São funcionários direto...